Este ano
que passou, 2012, completei vinte anos de pratica no karate. Isto foi
no dia 6 de outubro de 2012
Em 1991
meu pai se associou num clube o Grêmio Náutico Gaúcho (GNG), erá
apenas para a gente poder curtis uma piscina, fazer uma natação,
etc. Uma vez fui fazer natação na piscina olímpica do GNG e de lá
ficava vendo o pessoal do Judo e do Karate.
Em 1992,
após ter dado uma virada na minha vida e ter finalmente entrado no
2º grau, fui procurar uma arte-marcial, pois desde que me conheço
por gente gostava da coisa. Só não pratiquei antes porque minha mãe
não queria, achava que eu era muito agressiva.
No dia 4
de outubro de 1992 fui até o GNG ver se podia fazer alguma arte
marcial, primeiro fui no karate e lá já dei de cara com um homem
alto, magro, um tipo meio polaco. Assisti toda a aula e depois ele me
falou: se quiser vem no próximo horário que vai ter os alunos mais
graduados, tu vai gostar. Depois fui ver a aula de Judo, tombo pra
lá, tombo pra cá. Mas ai percebi que aquele tatame ia ser um
problema sério, pois sempre fui alérgica desde pequena e tambem
aquele agarra-agarra não me atraia. Voltei para a assistir a aula de
karate, ví até o final e gostei dela, sai de lá com minha decisão
tomada. No dia 6 de outubro de 1992 apareci na aula de karate já fui
treinando com os outros alunos.
Este foi
meu inicio no karate.
Durante o
caminho do karate conheci muitas pessoas bacanas, gente que tenho
muito consideração até hoje, os meus colegas de GNG, após conheci
um pessoal que tambem esta no meu coração, os colegas da
Poliesporte em Canoas (hoje associação ISS-Hoqai). Passei pela experiencia de fazer parte de duas
federações diferentes. Ví outras federações acabarem e outras
tantas se criarem. Testemunhei muitas decepções, principalmente com relação as federações e com alguns faixas-pretas que se dizem senseis. Conheci pessoalmente senseis como Yoshiso Machida, Sassaki, Yasutaka Tanaka, Kazuo Nagamine. Mas posso dizer que os que mais me trouxeram conhecimento foram os senseis que não tinham olhos puxados.
Neste
tempo fiz dois exames de faixa-preta, um com Yasutaka Tanaka 8ºDan
em 2002 na CBKT, e outro este ano com o Celso Piasesk (5ºDan) e com
o Marcos Cruz (5ºDan) pela CBK em 2012.
No
somatório de tantas experiencias posso dizer que aprendi muita
coisa, mas as mais importantes vou tentar compilar agora.
- Lidar com a inconstância da vida e da pratica: o meu caminho teve altos e baixos, acho que o mais difícil no karate é lidar com as inconstância da vida. No nosso país pode-se esperar tudo do karate, são brigas, mudanças de federações, etc;
- O orgulho e o ego atrasam o progresso: deixei de progredir por causa de muita coisa que não quis relevar. Tamberm noto que toda vez que o orgulho toma conta nada vai pra frente.
- Nunca se pode dizer que se sabe tudo: por muitas vezes tive que esquecer o que aprendi para reaprender, sem falar que até hoje me surpreendo com novas regras, etc;
- Sempre se deve aprender a perdoar: por causa do orgulho e do ego briguei com muita gente, e como falei antes, deixei de progredir, porem tambem fui muito perdoada;
- O desconfiometro deve estar ligado: infelizmente já vi muitos karatekas mercenários no karate, os que mais se mostram, falam e se dizem os tais, são os que mais a gente deve desconfiar;
- Moldar o carater não se aprende em livros: o melhor meio de se aprender a filosofia do karate é a pratica, o dia a dia, os livros podem até ter conteúdo, mas nenhuma lição vale a pena se não colocar-nos em pratica e se não passar-mos pela sabatina (prova);
- O mais difícil no karate são os karatekas: no karate vi muito picuinha se criar, o mais difícil é lidar com as pessoas no karate, existe muita gente que deveria tratar a cabeça e resolver seus recalques pessoais antes de se querer dizer alguma coisa no karate, tem muita karateka que é só fachada, acho que ainda terei que perdoar muito no karate;
- Uma vez no karate, sempre no karate: tu nunca consegue se livrar do karate uma vez que ele se torna parte da sua vida;
- O comodismo te faz não só parar, como tambem regredir: todas as vezes que parei com o karate foi como se voltasse três faixas (kyus) anteriores;
- Faixa e graduação não fazem o karateka: não preciso entrar em detalhes, a frase já diz por sí;
- Treino constante faz um bom karateka: a frase já diz por si, karateka para ser bom tem que suar o karate-gi.
Bom acho
que era isto.
Que
venham mais 20 anos!!!!
OSS!!
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