terça-feira, 22 de setembro de 2015

Explicação de termos


Ou o amansa burro de karate da A. Tanaka

Oss

Boa noite.

Vou começar com uma série de explicações de conceitos que pairam na cabeça dos caratecas e tem feito uma verdadeira revolução de princípios.

Não podemos dizer que nosso karate hoje é uma arte milenar (por muito pouco ela é secular), o karate moderno é coisa de décadas, mas nestas poucas décadas, desde que Funakoshi, Mabumi e outros difundiram o karate fora de Okinawa (na era Meiji, início do sec XX), a arte já passou por muitas reviravoltas. De arte-marcial ensinada a poucos à arte-marcial ensinada com cunho educativo, como defesa pessoal para os militares japoneses, como imposição a outros povos, novamente com cunho educativo, como conhecimento a ser transmitido a outros povos, como luta em disputas, até às últimas décadas como modalidade esportiva.

O Karate praticado atualmente agrega conceitos diversos e muitas vezes podem entrar em conflito quando interpretados de forma taxativa. Atribuo isto a estas mudanças de enfoque que o karate passou nestas décadas. Muitas pessoas que começaram a praticar o karate na década de 70 e 80 viram o karate se tornar de arte puramente marcial para uma modalidade esportiva. Muitos princípios que eram valorizados há 40 anos caíram e novos estão sendo cada vez mais valorizados. O karate recebeu injeções de fair-play com todo aquele papo de Barão de Coubretin.

O que tenho visto é caratecas se debatendo com relação a termos como por exemplo: "Do" e "Jutsu" (ou Jitsu). A esportivação do karate esta dando nó na cabeça de muitos que gostavam das práticas puramente marciais.

Então vou toma a liberdade de comentar estes termos numa serie de posts que vão abordar estas questões.

Segue-se a lista:

To-de
Do
Jutsu ou Jitsu
Budo
Arte-marcial
Defesa pessoal
Luta
Esporte
Fair play
Euritímia
Atleta
Artista marcial
Olímpico e Olimpíada
Karate e filosofía
Karate "Tradicional"
Karate "oficial"
Karate "olímpico"
Karate de contato
Karate luta
Karate de combate
Karate educativo
Karate esportivo
Karate de rendimento
Atividade física
Esporte de participação
Esporte de competição
Esporte de rendimento
Esporte de alto-rendimento
Educação Física


Devo destacar que nosso karate é um só independente de estilos, escolas ou enfoque. Independente do enfoque que se dê para o karate todos os karatekas se reconhecem como praticantes de karate. Muitas vezes estas terminações são usadas somente como termos genéricos, só para mudar uma ideia. Exemplo: tradicional, oficial, luta. As vezes é como alguns termos que aparecem em embalagens de produtos como: light, diet, zero, etc. Termos ligeiramente diferentes que as vezes podem ser tratados como sinônimos.

Não necessariamente os tópicos estarão nesta ordem, as vezes estarão isolados ou em conjunto.

Obs.: no budismo se falaria que são apenas termos, o que se vai fazer com eles é problema de quem pratica.

E as explosões de Ego continuam


Andei lendo por ai por acaso um blog, não citarei nomes, evito cita-los aqui, comentando sobre algumas questões que foram levantadas neste post: A pratica de limpar o Dojo (SOJI-掃除 / SAMU- 作務) .

Pra variar o sujeito não prestou a atenção no que escrevi, mas digamos, ele nunca presta, tanto que já foi banido deste blog a muito tempo.

No post sobre a prática do Soji não quis tornar nenhuma prática no Dojo um misticismo, ou misturar religião com karate, mesmo porque não sou a favor disto, pois vivemos num país laico em que as pessoas via de regra podem praticar a sua fé seja qual for. Também porque Soji não é visto no Japão com propósito religioso, mas sim como prática corriqueira, as origens da prática é que podem ser atribuídas ao budismo. Procurei traçar alguns paralelos, mas infelizmente teve gente que interpretou isto muito mal. Falar das práticas japonesas sem tocar uma vez que outra em alguns pontos da "religiosidade" que influenciou a cultura deste povo é quase impossível, pois as influencias do budismo, xintoísmo, confucionismo, taoismo aparecem em vários aspectos da cultura japonesa. É como falar de hábitos ocidentais que muitas vezes são impregnados de influencias cristãs. Portanto este realmente é um assunto delicado que dá margem a más interpretações, principalmente por parte dos mais chiliquentos implicantes.

Volto a repetir o que disse em outro post, os japoneses tem costumes religiosos muito particulares, posso dizer que eles seguem todas e ao mesmo tempo nenhuma crença. A espiritualidade japonesa é um tanto complicada dos ocidentais, com conceitos impregnados de moral cristã, entenderem. Os princípios destas "crenças" (seria mais correto falar "filosofias") praticamente estão impregnadas na forma do povo japonês agir e se relacionar com a sociedade. Eu não posso explicar alguns dos aspectos que influenciaram algumas práticas no karate sem dar uma pincelada uma vez que outra ou no budismo, ou no xintoísmo, ou confucionismo, ou taoismo. Todas estas "filosofias" aparecem no karate assim como aparecem nos hábitos corriqueiros do povo japonês. Quem convive com as duas culturas, ocidental e oriental, sabe ver a diferença gritante de uma cultura para a outra.

Acho que houve um erro de entendimento por parte desta pessoa, ou talvez não tenha me expressado claramente a ponto da criaturinha entender (eu sei que é difícil as vezes para esta pessoa entender, as vezes eu acho que tenho mesmo é que desenhar). Também há por parte desta pessoa uma cisma com tudo que escrevo, mesmo porque é alguém muito vaidoso e que se acha o único dono da verdade. Eu tentei de todas as maneiras conversar amigavelmente com esta pessoa, mas é praticamente impossível manter com ele um relacionamento amigável. Eu sei que esta postura ele já repetiu com outros blogueiros, em outros sites de relacionamento. As explosões de Ego fazem parte da natureza desta pessoa que a única coisa que sabe fazer é achar defeito no que os outros fazem e arranjar causas absurdas como, ter chilique pela grafia de palavras, etc. Sinceramente não espero que esta pessoa entenda, ele não quer entender, ele quer é me criticar assim como critica a todos. Ao meu ver estas pessoas tem um sério problema de sociopatia, acho que elas não contribuem.

Assim que puder explicarei o que cada uma destas filosofias (budista, xintoista, confucionista, taoista) influenciam aspectos da cultura japonesa e consequentemente o karate.* Também quero explicar algumas crenças orientais que são erroneamente classificadas como "religiosas". Na verdade estas praticas e crenças orientais podem serem classificadas muito mais como "filosóficas" do que como religiosas, como é o caso do budismo, confucionismo e taoismo. Na verdade o conceito de "religiosidade" oriental é muito diferente do conceito de "religiosidade" ocidental. Eu também noto que há uma "masturbação mental" com alguns termos como "Do", "Jitsu", etc, futuramente falarei sobre isto.

Agora só uma pergunta esta pessoa, sei que vai bisbilhotar meu blog. Se meu blog é tão ruim, porque perde tempo lendo? Outra coisa que não tem lógica. Isto é sinal de que se importa com o que digo. Se alguns "amam" o Zen, outros "amam" ter explosões de ego e incomodar os outros até serem bloqueados.



* O objetivo era focar no karate, mas infelizmente te gente que não "estuda" sobre estes aspectos da cultura japonesa, acho que tem bastante blogs que falam sobre o assunto (do zen posso citar os blogs dos monges Gensho, Coen e Isshin, o blog do "Japão em Foco", "consulado japonês" e outros), infelizmente tem que explicar porque se não entende nem o "espirito" da coisa, não vão entender o resto. É bem certo que eu perca o meu tempo também.   


Obs.: esta implicância começou depois que eu contrariei o sujeito e deixei de concordar com algumas coisas que ele dizia. A coisa piorou quando não quis usar o sistema de transliteração do Nihon-ji para o Roma-ji, o "hepburn". Também porque me recusei a ler um "artigo" de um cara que comete falsidade ideológica de forma descarada, ele treinou na mesma academia que eu, não é de hoje que conheço as falcatruas. Alias, não é porque é do mundo acadêmico que vai deixar de ser falcatrua. Digo digo isto porque a falcatrua e mediocridade também esta impregnado no mundo acadêmico brasileiro. Já vi sensei de karate ganhar diploma de "doutor honoris causa" por saber "termos" japoneses do karate, sendo que isto é coisa um estudante da língua pode saber e não prova nenhuma proficiência e língua japonesa (já disse que o que prova é o exame "norioko-shiken" da Japan Fundation). Eu estudo, mas não a porcaria que os outros querem.