sexta-feira, 18 de maio de 2018

O fim do Blog

Estou decretando o fim deste blog.
O tempo passou e os conceitos mudaram, portanto este blog não tem mais razão de continuar.
Muitos textos devem ser reformulados, alguns já foram excluídos.
Os tempos são outros, olimpismo, esporte, fairplay.

Sem mais, mas esta é a última postagem deste blog.

Em breve será feito outro com outro enfoque mais voltado a outros assuntos aos quais me dediquei ao estudo nestes últimos anos entre eles curso de Gestão Desportiva, Budismo entre outros.

domingo, 20 de novembro de 2016

Sobre confundir a bandeira do Japão com um símbolo comunista



Desculpas, mas vou sair um pouco do tema do blog, pois esta semana que passou aconteceu algo inusitado e muito irônico, e por ser descendente de japoneses, fui de certa forma atingida por isto. Sim, já me chamara de "comunista" esta semana.  Farei um único post falando deste assunto, pois não quero mais dar balda para uma idiota retardada de extrema-direita, burra e alienada cujo o nome já citei no facebook (Rosangela), que nesta semana deu a toda comunidade japonesa a pecha de "comunista". Se tiver que falar dela farei um vídeo.
Acho que a comunidade japonesa não se manifestou com relação a esta acéfala por que o que ela falou foi tão burro que a comunidade japonesa tirou-a para louca, eu também tirei.
Na verdade não parei de rir da cara desta criatura até agora.

Alguns esclarecimentos sobre a bandeira japonesas e sobre o governo japonês:
1. o Japão nunca teve governo comunista, muito pelo contrário, é uma monarquia que já foi inclusive ultranacionalista;
2. existe sim partido comunista no Japão, mas nunca teve grande representatividade;
3. a bandeira japonesa (Hinomaru) carrega um estigma por ser associada ao sentimento de nacionalismo que foi muito forte até o período da 2ªGuerra, foi proibida durante a ocupação americana, ainda hoje é um assunto polêmico até mesmo para os japoneses, apesar disto foi reconhecida como bandeira oficial do Japão em 1999 por lei, juntamente com o hino japonês;
4. atualmente o Japão é um país super capitalista e industrializado, suas multinacionais estão espalhadas pelo mundo, inclusive no Brasil gerando empregos;
5. o Japão é aliado dos EUA e tem em seu solo uma base aérea militar americana, por isto o Japão esta sob constante ameaça, pois seu vizinho, Coreia do Norte, vive apontando e inclusive acionando misses na direção do arquipélago japonês.
Portanto é um absurdo alguém associar a bandeira japonesa ao comunismo. Outra, tivemos nesta última década no Brasil vários eventos em que os japoneses apareceram, portanto oportunidade de ver a bandeira japonesa todos os brasileiros tiveram, só sendo muito burro e mal informado para não perceber. Além do que o Brasil tem a maior colonia japonesa do mundo, a imigração japonesa aqui tem mais de 100 anos (1908-2008).



Mas teve uma idiota, uma tal de Rosangela (pode me processar), que resolveu apontar para um painel que homenageava os 100 anos de imigração japonesa e... enfim, todos sabem da história. Depois ainda tentou justificar, o que piorou ainda mais a situação. Um pedido de desculpas à comunidade japonesa seria muito mais pertinente do que explicar o inexplicável. A propósito o Painel se chama "Sonho brasileiro".
Para quem não viu ainda a ironia o vídeo da intervencionista o link é este: https://www.youtube.com/watch?v=gvdslMeVEOo.



Pontos de coletas dos origamis para
A construção do painel "Sonho Brasileiro" 



Painel "Sonho Brasileiro" dos 100 anos de
imigração japonesa no brasil sendo montado



A comunidade japonesa na câmara inaugurando o painel "Sonho Brasileiro"
em homenagem aos 100 anos de imigração japonesa


vide mais em: Painel 100 anos de imigração japonesa de origami
Desde quinta (17/11/2016) vejo uma enxurrada de memes e de gente debochando da cara desta mulher, merecido, pois a idiotice foi a níveis estratosféricos. Choveu de esquerdista zoando com a cara desta idiota, aliás isto foi um prato cheio para os esquerdistas de plantão associarem a burrice e estupides desta mula a todos os que apoiam a direita. O que se vê é um escarnio hipócrita dos esquerdistas com relação a burrice da direta, sendo que muitas pessoas da esquerda cometem burrices que não ficam nada a dever a idiota intervencionista.
Os japoneses e seus descendentes no Brasil estão sendo obrigados a ver imagens de memes e compartilhamentos no facebook de japoneses sendo associados ao "comunismo", isto quando não vem alguém (de brincadeira até) chamar os nipo-brasileiros de "comunistas", mesmo que um nikkei (descendente de japonês) não seja comunista. Alguns nikkeis estão levando na brincadeira, ou até fazendo parte da brincadeira, outros nem tanto. Aliás já surgiu Meme com tom preconceituoso aos japoneses relacionado ao tema.
É tanto deboche que alguns estão esquecendo o que mais esta envolvido nesta história, o que realmente aconteceu. Vou enumerar alguns fatos a serem considerados:
1. o painel que foi apontado por Rosangela era uma homenagem aos 100 anos de imigração japonesa no Brasil, logo uma homenagem a todos os nipo-brasileiros;
2. antes de apontar para o quadro a Rosangela disse que aquilo era "UMA CENA NOJENTA", logo ela apontou para algo que homenageava os nipo-brasileiros e o associou a algo nojento;
3. associou esta homenagem aos nipo-brasileiros a uma desconstrução da bandeira brasileira e atribuiu isto ao "comunismo" sendo que o painel sequer fazia alusão ao comunismo;
4. o painel era uma arte que usava contexto de duas bandeiras no intuito de mostrar a interação entre os dois povos, logo não se tratavam de bandeiras, logo não houve nenhuma desconstrução das bandeiras tanto brasileira quanto japonesa,
5. apesar de não serem bandeiras de fato as imagens e cores faziam referência as duas bandeiras e a duas nações, Rosangela apontou para o circulo vermelho que fazia alusão a nação japonesa e associou isto ao que ela supôs ser uma desconstrução do comunismo, fato que ela julgou ser "UMA CENA NOJENTA";
6. Rosangela que presa tanto pelo respeito a nação multi-racial brasileira e ao simbolo máximo da nação (a bandeira) não se deu conta que ao apontar para o que fazia alusão a bandeira japonesa desrespeitou a uma comunidade inteira associando-a a "UMA CENA NOJENTA";

7. o painel nem foi feito pelo governo dito "comunista", foi feito pela comunidade japonesa com vários origamis a onde foram escritos os sonhos dos nipo-brasileiros e imigrantes, levou sete meses para ficar pronto, portanto não é coisa da Dilma ou do Lula, não é coisa do PT, é uma arte criada pela comunidade nipo-brasileira que tem o nome de "Sonho Brasileiro", arte esta que representa o sonho de 450 mil pessoas foi associada a "UMA CENA NOJENTA".


A intervencionista aponta claramente para o que representa a
bandeira japonesa após mencionar que aquilo era uma "cena nojenta"


Esta todo mundo zoando, zoando inclusive os japoneses e descendentes. Estão os associando ao fato sem se dar conta que a parte mais ofendida pela "pseudo esclarecida intervencionista" foi a comunidade japonesa. Se não bastasse isto ainda a enxurrada de memes que estão vindo usando esteriótipos e imagens de japoneses associando esta comunidade ao "comunismo" sem levar em consideração que há muitos membros nesta comunidade que podem e devem ser o que lhes convêm. Digo aqui que não é uma questão de ser de direita ou de esquerda, mas sim de respeito a uma cultura milenar, respeito a um povo e uma nação, respeito a uma comunidade que muito contribuiu para o desenvolvimento do Brasil, que hoje tem descendentes que são tão brasileiros e tão orgulhosos do Brasil quanto a uma tal "intervencionista patriota" (talvez não tão burros).
Zoar com a burrice desta mulher, até vá, mas tomem cuidado para não envolver de forma exagerada quem "estava no seu canto" e não tinha nada a haver com os dilemas da política no Brasil (da direta ou da esquerda). A comunidade japonesas não tinha nada a haver com estes dilemas até esta burra aparecer (exceto o Kim e o japonês da federal).


Sobre o segundo vídeo de Rosangela E. Müller


A justificativa que ela deu no segundo vídeo foi pífio e estapafúrdio, sem profundidade, ela simplesmente disse que viu uma desconstrução, só isto. Nenhum pedido de desculpas à comunidade japonesa pelo equivoco, nada. Ainda justificou o erro pelos outros, o que na minha opinião é pior do que não se justificar. Tentou se justificar pelos achismos que foram espalhados na rede sem pesquisar as fontes, citou o que disse o presidente do comitê organizador dos Jogos Olímpicos do Rio (não é o presidente do COI como falou Rosangela e Nuzman teria falado "amarelo e vermelho") no seu discurso nas olimpíadas a onde teria se referido a bandeira brasileira como "verde e vermelho" (outro achismo da Rosangela como ela mesmo admite no vídeo) o que foi simplesmente um erro de tradução de Nuzman. Rosangela tentou se justificar pelo episódio da bandeira vermelha hasteada na praia de Copacabana durante a Copa do Mundo que era na verdade uma bandeira do Brasil estilizada com as cores da bandeira da Bélgica (que não deixa de ser uma desconstrução) coisa feita não por comunistas, mas pelos torcedores da Bélgica que compraram esta bandeira de um ambulante brasileiro, bandeira esta confeccionada no Brasil por pessoas que confesso, sem o mínimo senso de civismo. Enfim, só piorou a situação.


Torcedor belga compactuando com
a falta de senso cívico brasileiro,
povo que não sabe como tratar seus símbolos nacionais,
não merece respeito dos estrangeiros



Barraquinha do Aristeu em Copacabana, se o dono respeitasse
 os símbolos nacionais jamais teria hasteado esta bandeira




Vídeo feito por alguém muito revoltado com a desconstrução da bandeira brasileira, coisa que foi feita pelos próprios Brasileiros para ser comercializado para os estrangeiros, na verdade a bandeira esta com as cores da Bélgica. Este vídeo tem sido divulgado entre os que querem a intervenção militar no Brasil. Foram feitas outras versões destas "bandeiras do Brasil" estilizadas, aliás foram feitas de todos os países não latino americanos segundo este link (Bandeiras estilizadas da copa). Abaixo a "bandeira do Brasil" estilizada com as cores da bandeira da Alemanha.

Vendedor ambulante brasileiro feliz da vida faturando 
muito vendendo "bandeiras do Brasil" estilizadas



Outros fatos relacionado com o assunto

Teve gente querendo ainda justificar a atitude da intervencionista equivocada maluca. Na imagem abaixo podemos ver o quanto a falácia tenta de todas as formas se sobrepor a lógica. Argumentos baseados em achismo vindo de pessoas totalmente bitoladas.




Primeiro: não entendi a onde esta outra idiota quis chegar; Segundo: o Japão esta do outro lado desta "poça d'água", mas nem por isto deve ser menosprezado como nação; Terceiro: aqui é Brasil, um país formado por diversos povos, entre eles o povo japonês; Quarto: a bandeira japonesa não se "adequa ao caso" por não se parecer com nenhuma bandeira comunista; Quinto: não entendi este "nem tem o perfil de provisória já que é pintada", o painel é feito com origamis; Sexto: uma homenagem virou provocação agora?
Bom, é isto. Isto me fez acreditar o quanto o ser humano pode ser ESTUPIDO e o quanto esta estupides pode levar alguém a chegar ao cúmulo do ridículo. Estas duas pessoas, Rosangela B. Müller e  Ana Azus me provaram isto. Não faço questão de poupar a imagem delas, pois se tiveram a coragem de fazer vídeos e postagem para defecar suas ideologias malucas, tem que ter peito para encarar as consequências de seus atos. Me reservo o direito de resposta por ser uma dos tantos nipo-brasileiros do Brasil, e por ter me ofendido com as atitudes de Rosangela que acha que com seu "patriotismo" idiotismo pode defecar pela boca a idiotice que quiser.
Para finalizar, eu fui no perfil da Rosangela no facebook e falei que era para ela pedir desculpas a comunidade nipo-brasileira, resultado, ela me bloqueou. Pois é, as vezes eu esqueço que não adianta falar com burro, louco e bêbado, as vezes é melhor concordar,... Vai que é doença o negócio?

domingo, 14 de agosto de 2016

Pessoas bloqueadas neste Blog.

Não gosto de bloquear as pessoas no Blog, mas tiveram duas pessoas em particular que tive que bloquear e hoje falarei abertamente delas e direi porque as bloqueei a uns 4 anos e continuam bloqueadas. Direi só o primeiro o nome e o motivo.

O primeiro foi um tal de Joseverson: este eu cheguei a incluir no meu facebook e até recebi uns e-mails, estava tentando conversar com ele de forma amigável e civilizada, porem lá no facebook iniciaram os comentários infelizes, as alfinetadas, as indiretas, inclusive dando pitaco em conversas que tinha com colegas de curso de japonês dando a entender que ele entendia tudo de língua japonesa e eu, por mais que tivesse livros e feito cursos com professores inclusive japoneses, não entendia, pois escrevia "OSS" e não "OSU". Não dei bola a princípio, relevei por várias vezes, mas após um ano de insistência no assunto e perturbando a paciência não só minha mas de outros blogueiros com o mesmo assunto, resolvi bloqueá-lo em todos os sites de relacionamento, inclusive do Blog. Os comentários dele seriam bem vindos se não fossem por sua total arrogância como pessoa e como carateca. Somente por sua arrogância e total dificuldade de manter uma conversa amigável sem ter explosões de ego é que esta bloqueado de todos os meus perfis. Igualmente seus comentários não são mais bem vindos aqui. Esta pessoa ultrapassou muito os limites do respeito mutuo, não dá para conversar com uma pessoa assim.

O segundo foi um tal de Denis: esta pessoa respeito como professor, apesar de já ter recebido relatos de ex. aluno dele que não me foram muito agradáveis, mas não entrarei muito neste detalhe. Este foi outro que começou a me aborrecer com relação a "escrita correta" de algumas palavras em japonês, porém não sei a onde esta pessoa aprendeu japonês, até eu bloqueá-lo nunca me disse a onde aprendeu, me relataram que era autodidata (se este fato esta errado eu peço desculpas). Mas não foi este o fato que me fez bloqueá-lo, foi pela forma totalmente agressiva e arrogante que ele conduziu alguns comentários neste Blog. Um belo dia abro o meu blog e encontro vários comentários me criticando, corrigindo uma por uma das palavras que escrevi "errado" em "língua japonesa", dizendo que se quisesse escrever uma palavra em japonês eu tinha que escrever desta e daquela forma, que deveria usar esta ou aquela acentuação, etc. Só que não preciso de ninguém para me ensinar a língua japonesa, pois isto eu faço com meus professores de japonês. Quando escrevo uma palavra japonesa a escrevo da forma que aprendi nos meus livros de língua japonesa. No caso eu aprendi a escrever em hiraganas, katakanas e kanjis direto, o japonês eu escrevo em caracteres japoneses, não escrevo a língua japonesa em romaji e o hepburn pra mim só serve para os dicionários.  Também não estipulei um padrão para este blog, se eu achar por bem botar um padrão eu ponho. Não vai ser com alguém dando chilique aqui no blog que vou botar. Me chegou aos ouvidos que ele estava irritado porque não respondia seus comentários e mensagens, na época estava muito ocupada e não podia responder, mas depois de algumas posturas menos felizes que reproduziam um comportamento muito parecido com o outro já citado, resolvi ignorá-lo, pois é assim que faço com algumas pessoas que me aborrecem. O resultado foi uma enxurrada de comentários menos felizes neste blog. Depois que publiquei uma postagem sobre o "osu" me veio um E-mail que não fiz muita questão de ler, pois a novela continuou pelo facebook. Este foi bloqueado também pela arrogância que mostrou que foi tão desaforada quanto o primeiro, não gosto de manter relações com pessoas assim, que tomam posturas infantis.

Ambos me incomodaram com as questões de escrita de palavras japonesas em romaji (letras romanas), me indicaram um programa de transliteração, porem tive que trocar o sistema operacional do meu computador e este programa não funcionou. Para mim fazer o que eles queriam que era colocar as palavras japonesas no sistema hepburn ficou muito difícil, eu não ia ficar no mapa de caracteres catando letra por letra.  

Até acato correções e opiniões diferentes das minhas, alguns feitos por estas pessoas eu mantive neste blog, outras fiz questão de apagar. Eles se dizerem profissionais e por isto mesmo esperava postura melhor destes dois, mas a postura deles foi invasiva, arrogante, desaforada, prepotente, desrespeitosa e sem o mínimo de humildade. 

As criaturas ainda me publicam a seguinte frase: "Respeito, quando existe, é mutuo, porque no momento que alguém acha que merece mais do que o outro, já não existe mais respeito."

Permita que eu faça uma correção: "Respeito é recíproco, pois a gente respeita quem se faz respeitar."

Meu respeito acabou quando estes começaram a se achar tão importante a ponto de me fazer as coisas citadas acima. Sendo que tinha outras formas menos arrogantes de fazer, ou por mensagens "In-box" no facebook, ou por E-mail que os dois tinham. Cheguei a conclusão com estes dois não era possível manter um dialogo saudável sem que os egos inflados falassem mais alto. Minha postura foi ignora-los de todas as formas de convívio social, tanto pessoal quanto virtual. Pois caso estas pessoas não tenha mais o que fazer além de incomodar e perturbar o sossego alheio, eu tenho o que fazer. Eu nunca entrei no Blog deles para fazer o mesmo, esperava o mesmo da parte deles, mas acho que eles não tem e nunca tiveram o mínimo de respeito pela minha pessoa.


Se a postura for diferente, até mantenho um dialogo, mas se for para repetir o mais do mesmo, então nada feito, não adianta nem pedir desculpas. Enquanto for assim continuarão tendo minha total indiferença. Este é o último post que faço alguma referencia a estas pessoas, por isto citei os nomes para ficar bem claro o motivo do meu desagrado e para que possam refletir sobre o que ocorreu. Os comentários podem serem feitos, espero que se caso o façam, não repitam a postura arrogante anterior.

OSS! (com 2 "s" e sem o "u", respeitem minha posição)

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Karate como arte marcial, Karate como prática esportiva e Karate competitivo

Desde os tempos mais remotos da história humana existe o que se pode chamar de "prática pré-esportiva". Na pré-história, os homens primitivos praticavam exercícios físicos somente para a sobrevivência como saltar, lançar, atacar e defender. (Tubino, 1993). Provavelmente os povos primitivos desenvolveram danças, jogos e outras práticas relacionadas ligadas a transmissão de cultura, religiosidade, etc. Quando a humanidade aprendeu a cultivar seu alimento, deixou de ser nômade e se fixou num lugar específico, surgiu a necessidade de defender territórios o que deu origem a práticas de guerra como lutas e utilização de utensílios como armas. Povos antigos como hindus, chineses, egípcios e sumérios já formavam exércitos. A preparação para a guerra foi um fator motivador para a prática de atividades física, como ocorria com os hindus e na sociedade grega espartana. É da cultura grega antiga a principal referência do que conhecemos hoje por esporte. As olimpíadas gregas eram jogos de cunho religioso, com regras e caráter competitivo. Um detalhe, todas as modalidades esportivas das olimpíadas gregas eram praticas militares usadas em guerras. Os Antigos Jogos Olímpicos foram a principal inspiração de Barão de Coubertin para a criação dos Jogos Olímpico Modernos. Podemos ver que as práticas de guerra, a luta, a atividade física, e o esporte estão praticamente correlacionados no que se diz respeito a história.
Como vimos no texto a arte marcial alem de ser uma prática de ataque e defesa, pode ser considerado uma atividade física. O karate é arte marcial por estar relacionada a técnicas de combate e defesa para ser utilizadas contra outras pessoas. Para esclarecer mais sobre o tema avaliemos os seguintes termos: Arte Marcial, Esporte, Competição e todas as variações.

Arte marcial: A palavra "Marcial" deriva da palavra Marte (deus da guerra) e se refere ao que é "Militar". São disciplinas físicas e mentais codificadas em diferentes graus, que tem como objetivo um alto desenvolvimento de seus praticantes para que possam defender-se ou submeter o adversário mediante diversas técnicas.

Competição:
Conceito Biológico (ecológico) - é a interação de indivíduos da mesma espécie ou espécies diferentes (humana, animal ou vegetal) que disputam algo. Esta disputa pode ser pelo alimento, pelo território, pela luminosidade, pelo emprego, pela fêmea, pelo macho, etc. Logo, a competição pode ser entre a mesma espécie (intraespecífica) ou de espécie diferente (interespecífica).
Conceito social - Forma mais elementar e universal de interação, consistindo na luta incessante por coisas concretas, por status ou prestígio; é contínua, e geralmente inconsciente e impessoal.

Esporte: toda a atividade física que respeita regras e ao mesmo tempo é praticada com finalidade recreativa, profissional ou como meio de melhorar a saúde.

Esporte de Participação: caracteriza-se pela participação voluntária, visa a integração entre pessoas, a promoção da saúde, o lazer e não há regras formais.

Esporte de competição: caracteriza-se pela busca de resultados, visa o melhor desempenho dentro de um grupo de pessoas (individual ou por equipes), possui regras, normas e critérios formalizados para que numa disputa todos tenham as mesmas chances.

A onde o karate começa a se relacionar ao esporte?
A partir do momento que no karate se criaram regras para formalizar uma disputa de kata e kumite, se criou uma prática esportiva. Se alguém pratica arte marcial com o intuito de competir e buscar resultados (medalhas, troféus e títulos), este esta direcionando sua prática para a disputa esportiva competitiva.
Nestas últimas décadas vimos muitas artes marciais passarem por processos de esportivização, algumas destas artes marciais se tornaram olímpicas, outras estão em vias de se tornar, outras tem regras de disputa e competição sem serem olímpicas. São muitas poucas artes marciais que não tem regras de disputa. O karate esta em processo de esportivização é atualmente é um forte candidato para entrar nos Jogos Olímpicos.
Ao se tornar um esporte o karate deixou de ser marcial?
Não necessariamente, pois as técnicas marciais continuam sendo utilizadas, porem na competição elas estão adaptadas à regras. Se alguém pratica arte marcial com o intuito de competir e buscar resultados, este esta direcionando sua prática para a disputa esportiva competitiva.
O que é o esporte e a competição afinal de conta?
A unica coisa que se fez na competição moderna foi transformar o que antes era um ato de disputa pela sobrevivência (disputas com rivalidades, lutas e guerras) numa disputa de cavalheiros com regras e normas. O esporte é a preparação para a disputa. Não necessariamente a atividade física esta ligada ao esporte. 


Fontes de Referências: O que é o esporte. Tubino, Manoel José. São Paulo: Brasiliense 1993.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Karate de Alto Rendimento


Pois bem, fiz dois cursos de karate este ano que usaram esta temática.
Os cursos foram muito bons.
Mas se deve frisar uma coisa, uma percepção minha de uma pessoa que esta fazendo curso de Gestão Desportiva e absorvendo um monte de informações que talvez muitos praticantes de Karate não tem.
A intenção quando se fala de "karate de Alto rendimento" é a melhor, realmente temos debater este assunto, mas sinto em dizer, temos muito ainda que melhorar neste sentindo. Os caminhos para se chegar ao alto rendimento no nosso país ainda são muito difíceis, as leis que regem o esporte no Brasil são tacanhas e beneficia uma única modalidade. E tudo isto esta assim por jogo de interesse e falta de vontade política. Temos um longo caminho, ainda não estamos no que posso considerar o ideal e o problema não é só com o karate, mas com o esporte no Brasil como um todo. Com relação ao karate vejo que ainda há uma percepção equivocada de alguns praticantes sobre o que é "Alto Rendimento". Karate de Alto rendimento é o que o Douglas Brose, Rafael Aghayev e outros que vão para os mundiais de federações fortes e bem estruturadas fazem. Atletas de Alto Rendimento são aqueles que já se destacaram no seu meio e foram alem disto. São poucos os que chegaram ao karate de alto Rendimento no nosso país (alto rendimento é para poucos).

Para explicar o que é Alto Rendimento vou explicar o que Não É Alto Rendimento.

O que NÃO É Esporte de Alto Rendimento:
1. Alto Rendimento não é só fazer curso relacionado ao assunto;
2. Não é treinar porque gosta e subir no pódio em qualquer torneio;
3. Não é tomar "suplemento vitamínico";
4. Não é ser chamado a seleção do estado e esporadicamente ir para um brasileiro;
5. Não é só ganhar bolsa atleta (este recurso pode ajudar a chegar lá);
6. Não é ter ido uma vez num mundial sem ter as mínimas condições de sair bem (tem campeão mundial por equipe que ficou só na "reserva" e tem quem babe ovo);
7. Não é competir a nível mundial com meia dúzia de gatos pingados em competições de instituições meia boca;
8. Alto rendimento Não É treinar muito e da forma errada;
9. Não é babar ovo para campeão mundial (é sim telo como modelo a superar).

Exemplos de atletas de Alto Rendimento aqui no Brasil são Douglas Brose e Lucélia Ribeiro. Cito estes dois por: o primeiro foi campeão de todos os campeonatos mundiais que um karateka da WKF pode participar, o segundo foi tetra-campeã nos Jogos Pan-americanos.

Porque cito estes dois da WKF? Cito os da WKF porque é a instituição mundial de karate mais organizada e estruturada para realmente fazer um campeonato mundial. Poderia citar o tradicional, mas infelizmente não posso mais dizer que esta estruturada, pois desde que o Nishiyama morreu ela vem se esfacelando. Poderia citar um bicampeão de Kyokushin, mas este não é esporte, é luta de contato.

Esporte de Rendimento: é aquela pratica esportiva que visa o resultado, é o esporte competitivo;
Esporte de Alto Rendimento: é o que passou por uma seleção mais rigorosa e requer grande preparo e treinamento físico, competição de nível internacional (ex.: jogos Olímpicos e outros mundiais).

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Explicação de termos


Ou o amansa burro de karate da A. Tanaka

Oss

Boa noite.

Vou começar com uma série de explicações de conceitos que pairam na cabeça dos caratecas e tem feito uma verdadeira revolução de princípios.

Não podemos dizer que nosso karate hoje é uma arte milenar (por muito pouco ela é secular), o karate moderno é coisa de décadas, mas nestas poucas décadas, desde que Funakoshi, Mabumi e outros difundiram o karate fora de Okinawa (na era Meiji, início do sec XX), a arte já passou por muitas reviravoltas. De arte-marcial ensinada a poucos à arte-marcial ensinada com cunho educativo, como defesa pessoal para os militares japoneses, como imposição a outros povos, novamente com cunho educativo, como conhecimento a ser transmitido a outros povos, como luta em disputas, até às últimas décadas como modalidade esportiva.

O Karate praticado atualmente agrega conceitos diversos e muitas vezes podem entrar em conflito quando interpretados de forma taxativa. Atribuo isto a estas mudanças de enfoque que o karate passou nestas décadas. Muitas pessoas que começaram a praticar o karate na década de 70 e 80 viram o karate se tornar de arte puramente marcial para uma modalidade esportiva. Muitos princípios que eram valorizados há 40 anos caíram e novos estão sendo cada vez mais valorizados. O karate recebeu injeções de fair-play com todo aquele papo de Barão de Coubretin.

O que tenho visto é caratecas se debatendo com relação a termos como por exemplo: "Do" e "Jutsu" (ou Jitsu). A esportivação do karate esta dando nó na cabeça de muitos que gostavam das práticas puramente marciais.

Então vou toma a liberdade de comentar estes termos numa serie de posts que vão abordar estas questões.

Segue-se a lista:

To-de
Do
Jutsu ou Jitsu
Budo
Arte-marcial
Defesa pessoal
Luta
Esporte
Fair play
Euritímia
Atleta
Artista marcial
Olímpico e Olimpíada
Karate e filosofía
Karate "Tradicional"
Karate "oficial"
Karate "olímpico"
Karate de contato
Karate luta
Karate de combate
Karate educativo
Karate esportivo
Karate de rendimento
Atividade física
Esporte de participação
Esporte de competição
Esporte de rendimento
Esporte de alto-rendimento
Educação Física


Devo destacar que nosso karate é um só independente de estilos, escolas ou enfoque. Independente do enfoque que se dê para o karate todos os karatekas se reconhecem como praticantes de karate. Muitas vezes estas terminações são usadas somente como termos genéricos, só para mudar uma ideia. Exemplo: tradicional, oficial, luta. As vezes é como alguns termos que aparecem em embalagens de produtos como: light, diet, zero, etc. Termos ligeiramente diferentes que as vezes podem ser tratados como sinônimos.

Não necessariamente os tópicos estarão nesta ordem, as vezes estarão isolados ou em conjunto.

Obs.: no budismo se falaria que são apenas termos, o que se vai fazer com eles é problema de quem pratica.

E as explosões de Ego continuam


Andei lendo por ai por acaso um blog, não citarei nomes, evito cita-los aqui, comentando sobre algumas questões que foram levantadas neste post: A pratica de limpar o Dojo (SOJI-掃除 / SAMU- 作務) .

Pra variar o sujeito não prestou a atenção no que escrevi, mas digamos, ele nunca presta, tanto que já foi banido deste blog a muito tempo.

No post sobre a prática do Soji não quis tornar nenhuma prática no Dojo um misticismo, ou misturar religião com karate, mesmo porque não sou a favor disto, pois vivemos num país laico em que as pessoas via de regra podem praticar a sua fé seja qual for. Também porque Soji não é visto no Japão com propósito religioso, mas sim como prática corriqueira, as origens da prática é que podem ser atribuídas ao budismo. Procurei traçar alguns paralelos, mas infelizmente teve gente que interpretou isto muito mal. Falar das práticas japonesas sem tocar uma vez que outra em alguns pontos da "religiosidade" que influenciou a cultura deste povo é quase impossível, pois as influencias do budismo, xintoísmo, confucionismo, taoismo aparecem em vários aspectos da cultura japonesa. É como falar de hábitos ocidentais que muitas vezes são impregnados de influencias cristãs. Portanto este realmente é um assunto delicado que dá margem a más interpretações, principalmente por parte dos mais chiliquentos implicantes.

Volto a repetir o que disse em outro post, os japoneses tem costumes religiosos muito particulares, posso dizer que eles seguem todas e ao mesmo tempo nenhuma crença. A espiritualidade japonesa é um tanto complicada dos ocidentais, com conceitos impregnados de moral cristã, entenderem. Os princípios destas "crenças" (seria mais correto falar "filosofias") praticamente estão impregnadas na forma do povo japonês agir e se relacionar com a sociedade. Eu não posso explicar alguns dos aspectos que influenciaram algumas práticas no karate sem dar uma pincelada uma vez que outra ou no budismo, ou no xintoísmo, ou confucionismo, ou taoismo. Todas estas "filosofias" aparecem no karate assim como aparecem nos hábitos corriqueiros do povo japonês. Quem convive com as duas culturas, ocidental e oriental, sabe ver a diferença gritante de uma cultura para a outra.

Acho que houve um erro de entendimento por parte desta pessoa, ou talvez não tenha me expressado claramente a ponto da criaturinha entender (eu sei que é difícil as vezes para esta pessoa entender, as vezes eu acho que tenho mesmo é que desenhar). Também há por parte desta pessoa uma cisma com tudo que escrevo, mesmo porque é alguém muito vaidoso e que se acha o único dono da verdade. Eu tentei de todas as maneiras conversar amigavelmente com esta pessoa, mas é praticamente impossível manter com ele um relacionamento amigável. Eu sei que esta postura ele já repetiu com outros blogueiros, em outros sites de relacionamento. As explosões de Ego fazem parte da natureza desta pessoa que a única coisa que sabe fazer é achar defeito no que os outros fazem e arranjar causas absurdas como, ter chilique pela grafia de palavras, etc. Sinceramente não espero que esta pessoa entenda, ele não quer entender, ele quer é me criticar assim como critica a todos. Ao meu ver estas pessoas tem um sério problema de sociopatia, acho que elas não contribuem.

Assim que puder explicarei o que cada uma destas filosofias (budista, xintoista, confucionista, taoista) influenciam aspectos da cultura japonesa e consequentemente o karate.* Também quero explicar algumas crenças orientais que são erroneamente classificadas como "religiosas". Na verdade estas praticas e crenças orientais podem serem classificadas muito mais como "filosóficas" do que como religiosas, como é o caso do budismo, confucionismo e taoismo. Na verdade o conceito de "religiosidade" oriental é muito diferente do conceito de "religiosidade" ocidental. Eu também noto que há uma "masturbação mental" com alguns termos como "Do", "Jitsu", etc, futuramente falarei sobre isto.

Agora só uma pergunta esta pessoa, sei que vai bisbilhotar meu blog. Se meu blog é tão ruim, porque perde tempo lendo? Outra coisa que não tem lógica. Isto é sinal de que se importa com o que digo. Se alguns "amam" o Zen, outros "amam" ter explosões de ego e incomodar os outros até serem bloqueados.



* O objetivo era focar no karate, mas infelizmente te gente que não "estuda" sobre estes aspectos da cultura japonesa, acho que tem bastante blogs que falam sobre o assunto (do zen posso citar os blogs dos monges Gensho, Coen e Isshin, o blog do "Japão em Foco", "consulado japonês" e outros), infelizmente tem que explicar porque se não entende nem o "espirito" da coisa, não vão entender o resto. É bem certo que eu perca o meu tempo também.   


Obs.: esta implicância começou depois que eu contrariei o sujeito e deixei de concordar com algumas coisas que ele dizia. A coisa piorou quando não quis usar o sistema de transliteração do Nihon-ji para o Roma-ji, o "hepburn". Também porque me recusei a ler um "artigo" de um cara que comete falsidade ideológica de forma descarada, ele treinou na mesma academia que eu, não é de hoje que conheço as falcatruas. Alias, não é porque é do mundo acadêmico que vai deixar de ser falcatrua. Digo digo isto porque a falcatrua e mediocridade também esta impregnado no mundo acadêmico brasileiro. Já vi sensei de karate ganhar diploma de "doutor honoris causa" por saber "termos" japoneses do karate, sendo que isto é coisa um estudante da língua pode saber e não prova nenhuma proficiência e língua japonesa (já disse que o que prova é o exame "norioko-shiken" da Japan Fundation). Eu estudo, mas não a porcaria que os outros querem.